Educação

Alunos das escolas em greve serão remanejados

Transferências dependerão do interesse das famílias e da disponibilidade de vagas

Divulgação -

A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) orientou a realocação dos alunos que estão sem aulas para escolas em funcionamento. A medida foi tomada devido à greve dos professores, iniciada no dia 5 de setembro. Uma reunião com as 30 Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) foi organizada para discutir a questão. A 5ª CRE, responsável por Pelotas e cidades próximas, já se prepara para iniciar o processo de remanejamento.

De acordo com a Seduc e ratificado pelo coordenador da 5ª CRE Carlos Humberto Vieira, a preocupação maior é com os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio. As famílias que tiverem interesse em remanejar os filhos podem entrar em contato com a coordenadoria, na rua Barão de Butuí, 406, das 8h30min às 11h30min e das 14h às 17h30min. É preciso indicar a escola onde o aluno estuda e para onde ele deseja ser transferido. Se houver vaga no educandário, a transferência será realizada. O coordenador ressalta que este é um procedimento legal e que sempre foi realizado. A diferença é que agora está tendo uma divulgação maior por parte do Estado.

Os jovens serão transferidos para turmas que, provavelmente, estarão mais adiantadas. Para amenizar as disparidades entre eles, Carlos Humberto afirma que dependerá da gestão pedagógica de cada educandário. O ideal é elaborar um projeto de adequação pedagógica a cada aluno, explica. Ainda de acordo com o coordenador, as escolas têm estrutura e capacidade para a tarefa. "Hoje, sobram professores e faltam alunos", avalia.

Pelos salários em dia
A greve dos professores da rede estadual é pelo fim do parcelamento dos pagamentos e o reajuste salarial. O diretor do 24º núcleo do Cpers-Sindicato, Mauro Amaral, avalia a orientação do governo como um "tiro no pé". "Isso é inviável. Tem muito mais escolas em greve do que funcionando", afirma. Outro questionamento levantado pelo professor é a recuperação dos dias letivos e dos conteúdos. "A proposta parece ser de alguém que não conhece o funcionamento da escola pública", fala.

Tratar sobre o fim da paralisação com o governo é outro ponto difícil, acredita Mauro. Segundo ele, na última reunião o Poder Público não apresentou nenhuma proposta "acatável" em relação a suas reivindicações. Uma delas é a reposição salarial, algo que não ocorre desde 2014 - nem mesmo o índice da inflação. No mesmo período, o salário mínimo regional subiu 35%.

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